Essa letra vai pra quem sempre me deu a mão, e sempre que a tristeza alcançar terá a minha por perto. Com carinho e afeto.
Bola de Meia, Bola de Gude
Milton Nascimento
Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão
Há um passado no meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão
E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade alegria e amor
Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal
Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão
Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto fraqueja
Ele vem pra me dar a mão
Meu amigo Otávio
Há 4 dias
2 comentários:
Dizem que mãe é mãe. Mas pai também é pai. Édipo? Que seja! Pai do Fábio Jr. também é ótima. Não tem pai que não se emocione.
O Pai Luiz Coronel
Nossa mão pequena
em sua mão,
semente no fruto
ou fruta em seu cacho.
Nossos brinquedos
cabiam em seus sapatos.
O pai não teme a treva
nem os barulhos do pátio.
O pai é o pai.
Pão e o vinho
na cabeceira da mesa.
Um dia nos descobrimos
surfando as ondas,
sobrevoando as montanhas,
cruzando as estradas.
Mas todas as setas
apontam o regresso
à casa paterna.
Quando o pai sorri,
o sol se impõe
sobre a neblina.
Ao abraçá-lo,
sentimos o peso do tempo
sobre suas costas.
O pai tem gestos brandos
e olhar incisivo.
Mas onde quer que estejamos,
o seu olhar nos guia.
E a sua mão
nos abençoa.
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