No caixa do banco, o sujeito vai descontar um cheque.
A pergunta:
Vai levar em dinheiro?
- Claro que não! Me dá em clips e borrachinhas...
26 de nov. de 2008
19 de nov. de 2008
Vicky Cristina Barcelona

Não é aquela necessidade de mudar alguma coisa que incomoda, mas a impressão que nunca vou achar bom o suficiente, em todos os momentos. Sempre preciso de um pouquinho a mais. Alguém viu o Nirvana (a banda não vale) por aí?
Como muitas outras mulheres eu estou insatisfeita com alguma coisa no momento. A virginiana aqui é uma pessoa crítica demais. Muito mais comigo do que com os outros. O lado bom disso: sempre tem alguma coisa pra mudar e planejar para melhor. O ruim: que dor nas costas! A tensão que chegou e não vai embora.
A crônica abaixo, da Martha Medeiros, explica bem o que eu disse sobre o filme acima e ainda faz jus ao talento do cineasta.
Enjoy!
Insatisfação crônica
Que sou caidíssima por Woody Allen, todos sabem, e que arrasto uma asa para Pedro Almodóvar, também não é segredo. Então pode-se imaginar o quanto saí satisfeita do cinema depois de assistir Vicky Cristina Barcelona. Satisfação, aliás, que os personagens do filme não parecem alcançar. Pudera: Doug que amava Vicky que amava Juan Antonio que amava Maria Elena que amava Cristina que não amava ninguém. O happy end nunca passou tão longe de uma história.
Que história? Duas jovens americanas resolvem passar férias na Espanha. Uma está noiva de um homem padrão e não quer saber de aventuras, a outra está para o que der e vier, basta que surja um guapo bem disposto, e surge: um pintor que traz na bagagem uma separação mal resolvida com uma tresloucada e que resolve seduzir as duas turistas, mesmo com a ex-esposa na cola. Salve-se quem puder.
Mas não é um filme sobre desencontros. Ao contrário, é um filme sobre buscas. Dessa vez, Allen se permitiu ir além de si próprio: colocou pinceladas de uma ousadia almodovariana e, se eu não andei vendo coisas, há no roteiro algo de Truffaut também. O resultado é um filme universal, como universal tem sido a nossa insaciedade.
Num tempo nem tão distante, você podia fantasiar o que bem entendesse, desde que seguisse o manual de instruções: casar e ter filhos. Se, mais tarde, acontecesse o imprevisto de uma frustração extrema, que se procurasse alguma saída, mas sem estardalhaço. Essa é a situação da anfitriã das turistas no filme, uma senhora casada há uns bons 40 anos que, mesmo ainda amando o marido, sonha com uma grande paixão, mas declara-se impossibilitada de rescrever sua própria história - sente que o tempo dela passou.
Já Vicky e Cristina têm o tempo jogando a favor e vivem numa sociedade que não cessa de manter bem alto o nível de excitação geral. Internet, cinema, novelas, revistas, livros, música: tudo nos conduz a pensar que a vida não tem o menor sentido se a gente não sentir prazer 25 horas por dia. E onde se esconde esse tal de prazer? Se você procurá-lo num casamento, estará renunciando às outras alternativas. Se, ao contrário, passar em revista todo homem ou mulher que lhe der um sorriso promissor, tampouco terá garantia de encontrar o que procura. O que é que a gente procura? A tal festa no outro apartamento, a tal grama mais verde do vizinho, o tal êxtase que parece estar sempre na outra margem do rio.
Numa recente entrevista, Woody Allen disse que, de certa forma, tinha intenção de provocar tristeza com Vicky Cristina Barcelona. Ainda que o filme tenha mesmo um toquezinho melancólico, Allen é elegante e engraçado em qualquer situação, e o que ele consegue, como sempre, é apenas (apenas?) nos mostrar como é megalômano o projeto de alcançar a plenitude dos sentidos. Mas a gente não aprende e vai morrer tentando.
Que sou caidíssima por Woody Allen, todos sabem, e que arrasto uma asa para Pedro Almodóvar, também não é segredo. Então pode-se imaginar o quanto saí satisfeita do cinema depois de assistir Vicky Cristina Barcelona. Satisfação, aliás, que os personagens do filme não parecem alcançar. Pudera: Doug que amava Vicky que amava Juan Antonio que amava Maria Elena que amava Cristina que não amava ninguém. O happy end nunca passou tão longe de uma história.
Que história? Duas jovens americanas resolvem passar férias na Espanha. Uma está noiva de um homem padrão e não quer saber de aventuras, a outra está para o que der e vier, basta que surja um guapo bem disposto, e surge: um pintor que traz na bagagem uma separação mal resolvida com uma tresloucada e que resolve seduzir as duas turistas, mesmo com a ex-esposa na cola. Salve-se quem puder.
Mas não é um filme sobre desencontros. Ao contrário, é um filme sobre buscas. Dessa vez, Allen se permitiu ir além de si próprio: colocou pinceladas de uma ousadia almodovariana e, se eu não andei vendo coisas, há no roteiro algo de Truffaut também. O resultado é um filme universal, como universal tem sido a nossa insaciedade.
Num tempo nem tão distante, você podia fantasiar o que bem entendesse, desde que seguisse o manual de instruções: casar e ter filhos. Se, mais tarde, acontecesse o imprevisto de uma frustração extrema, que se procurasse alguma saída, mas sem estardalhaço. Essa é a situação da anfitriã das turistas no filme, uma senhora casada há uns bons 40 anos que, mesmo ainda amando o marido, sonha com uma grande paixão, mas declara-se impossibilitada de rescrever sua própria história - sente que o tempo dela passou.
Já Vicky e Cristina têm o tempo jogando a favor e vivem numa sociedade que não cessa de manter bem alto o nível de excitação geral. Internet, cinema, novelas, revistas, livros, música: tudo nos conduz a pensar que a vida não tem o menor sentido se a gente não sentir prazer 25 horas por dia. E onde se esconde esse tal de prazer? Se você procurá-lo num casamento, estará renunciando às outras alternativas. Se, ao contrário, passar em revista todo homem ou mulher que lhe der um sorriso promissor, tampouco terá garantia de encontrar o que procura. O que é que a gente procura? A tal festa no outro apartamento, a tal grama mais verde do vizinho, o tal êxtase que parece estar sempre na outra margem do rio.
Numa recente entrevista, Woody Allen disse que, de certa forma, tinha intenção de provocar tristeza com Vicky Cristina Barcelona. Ainda que o filme tenha mesmo um toquezinho melancólico, Allen é elegante e engraçado em qualquer situação, e o que ele consegue, como sempre, é apenas (apenas?) nos mostrar como é megalômano o projeto de alcançar a plenitude dos sentidos. Mas a gente não aprende e vai morrer tentando.
Martha Medeiros
17 de nov. de 2008
Só 24 dias para ...
12 de nov. de 2008
The legend
José Hamílton Ribeiro, jornalista, vencedor de três premios Esso, correspondente de guerra, hoje editor e repórter do Globo Rural. É um apaixonado pelo que faz e pelo que fez, não importando os riscos que correu. Quando um cara como ele relata alguma coisa sobre a profissão bate um orgulho de, pelo menos no diploma e no mundo do agronegócio, ter alguma coisa em comum com ele.
Segue um depoimento dele:
Segue um depoimento dele:
"O que leva um jornalista a uma cobertura de guerra ou a uma situação de perigo, um pouco é vaidade; um pouco é espírito de aventura; um pouco é ambição profissional; e muito, mas muito mesmo, é a sensação, entre romântica e missioneira, de que faz parte de sua vocação estar onde a notícia estiver, seja para ali atuar como testemunha da história, seja para denunciar o que estiver havendo de abuso de poder (político, psicológico, econômico, militar), seja para açoitar a injustiça, a iniqüidade e o preconceito. Após tudo isso, uma pitada de falta de juízo".
José Hamílton Ribeiro, jornalista
José Hamílton Ribeiro, jornalista
Mas eu continuo pensando e repensando, será que eu faria essa escolha profissional novamente?
+++
Acho que é a crise dos 25 (nos 26)!
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Acho que é a crise dos 25 (nos 26)!
5 de nov. de 2008
3 de nov. de 2008
Leitora repórter!

Eu amo a internet!
Minha colega de trabalho, a Yumi, chegou com umas fotos de um incêndio, de uma série que vem atormentando moradores do Bairro Nonoai. Juntas fizemos uma matéria e mandamos para o leitor repórter da Zero Hora. Está no ar!
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