Tô louca pra ver o filme Preciosa. É triste demais, já fui bem alertada, mas quero ver. Não é só de comédias e dramas bem escritos que se faz cinema. Histórias reais me fascinam bem mais. Uma Mente Brilhante, por exemplo, acho que foi um dos melhores e, recentemente, adorei ver o filme Coco antes de Chanel, que conta a história da revolucionária da moda. Mesmo com um pouco de ficção que a trama tem, a história "real" sempre fascina.
Ontem a Martha Medeiros escreveu sobre o Preciosa, disse que conhece a história pelo livro e contou um pouco:
"A personagem do livro engravidou do próprio pai aos 12 anos, é abusada também pela mãe e aos 16 está grávida de novo, do pai de novo. Só o que conhece da vida é isso: abuso e violência. Nunca ouviu uma única palavra doce em sua brutal adolescência. É feia, gorda, pobre, negra e sem estudo. Um personagem como os que existem às pencas no Brasil, ainda que Clareece Precious Jones, a Preciosa, seja americana – o que não torna sua desgraça menor.
...
Tem um monte de gente preciosa por aí que a gente não enxerga, que não recebe de nós um incentivo. O prólogo do livro traz uma frase que diz:
Toda folha de grama tem seu anjo que se curva sobre ela e sussurra: “Cresce, cresce”.
Tivemos a sorte de nascer em famílias que nos ofereceram uma certa estrutura, que nos possibilitaram estudar e crescer – já nascemos arbustos. Poderíamos retribuir sendo, para as folhas de grama, o anjo que sussurra".Clique aqui se quiser ler toda a crônica.